segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Sem Demagogia, por favor!

Em meio dessa trama que se forma a cada 2 anos, me questiono sobre a credibilidade da origem de tanto falatório. Sobre a credibilidade de minha própria postura.
Debate às avessas, pensamentos soltos, e-mails duvidosos. Agora também tweets, posts, e toda infinidade de divulgação que a internet proporciona.
Tudo um tanto cansativo.
Sou jornalista e de forte opinião. Só que desde a faculdade sempre achei uma chatice essa apologia e conspiração contra o governo. É sim inspirador ver as pessoas pintando seus rostos e saindo em passeata por justiça. Agora é digníssimo elas pregarem todos esses preceitos ‘bonitos’ que saem da boca para fora em seu dia-a-dia.
O texto abaixo, “Precisa-se de matéria prima para construir o país’ é óbvio, mas mesmo assim ótimo.
O primeiro que parei para ler dos milhares que passam pela minha caixa detonando a Dilma. Não voto nela de jeito nenhum. Também não repasso informações duvidosas. Se não voto é por uma questão de estrutura política, por discordar de sua filosofia de trabalho, não me importa se ela foi presa no passado, sua sexualidade ou qualquer outro boato. Não estamos aqui para ofender ninguém. Levo o meu voto extremamente a sério, e agora tento levar minha postura perante minhas cobranças também.
Semana passada em uma ótima palestra a pessoa que ministrava disse que devemos orar por nossos políticos, sejam eles quem for, e fazer nosso papel, que é o mais importante. Sábias palavras.
Acho que luta não deveria ser de difamação. E sim de luta, por uma pré-eleição (não estamos com sorte nos nossos candidatos, deveríamos exigir e ajudar a escolher aqueles que vão se candidatar ao governo de nosso país, nosso estado, nossa cidade). Uma luta por um comportamento melhor do próximo. E por aquilo que acho o quesito mais imprescindível:
E D U C A Ç Ã O ! ! !
Eita mania de reclamar de tudo e não sair do sofá para mover uma causa, jeitinho brasileiro.
Puxo minha orelha por vezes graças a essa acomodação.
Somos milhões de pessoas, e cobramos somente de uma a organização de um país inteiro. Somos a matéria prima sim! E essa é fundamental. Faça seu papel (comece em casa e passe a idéia). ;)

Semana iluminada a todos.
BB



"Precisa-se de Matéria Prima para construir um País"
A crença geral anterior era que Collor não servia, bem como Itamar e Fernando Henrique.
Agora dizemos que Lula não serve.
E o que vier depois de Lula também não servirá para nada...
Por isso estou começando a suspeitar que o problema não está no ladrão corrupto que foi Collor, ou na farsa que é o Lula.
O problema está em nós.
Nós como POVO.
Nós como matéria prima de um país.
Porque pertenço a um país onde a   "ESPERTEZA“ é a moeda que sempre é valorizada, tanto ou mais do que o dólar.
 Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família, baseada em valores e respeito aos demais. 
Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nas calçadas onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO OS DEMAIS ONDE ESTÃO.
Pertenço ao país onde as "EMPRESAS PRIVADAS" são papelarias particulares de seus empregados desonestos, que levam para casa, como se fosse correto, folhas de papel, lápis, canetas, clipes e tudo o que possa ser útil para o trabalho dos filhos... E para eles mesmos.
Pertenço a um país onde a gente se sente o máximo porque conseguiu"puxar" a tevê a cabo do vizinho, ondea gente frauda a declaração de imposto de renda para não pagar ou pagar menos impostos.
Pertenço a um país onde a falta de pontualidade é um hábito.
Onde os diretores das empresas não valorizam o capital humano.
Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e depois reclamam do governo por não limpar os esgotos.
Onde nossos  congressistas trabalham dois dias por semana para aprovar projetos e leis  que só servem para afundar o que não tem, encher o saco do que tem pouco e  beneficiar só a alguns.
Pertenço a um país onde as carteiras de motorista e os certificados médicos podem ser "comprados", sem fazer nenhum exame.
Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no ônibus, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não dar o lugar.
Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o pedestre. Um país onde fazemos um monte de coisa errada, mas nos esbaldamos em criticar nossos governantes.
Como "Matéria Prima" de um país, temos muitas coisas boas, mas nos falta muito para sermos os homens e mulheres de que nosso País precisa.
Esses defeitos, essa "ESPERTEZA BRASILEIRA" congênita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até converter-se em casos de escândalo, essa falta de qualidade humana, mais do que Collor, Itamar, Fernando Henrique ou Lula, é que é real e honestamente ruim, porque todos eles são brasileiros como nós, ELEITOS POR NÓS.
Nascidos aqui, não em outra parte...
Entristeço-me.
Porque, ainda que Lula renunciasse hoje mesmo, o próximo presidente que o suceder terá que continuar trabalhando com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos. E não poderá fazer nada... Não tenho nenhuma garantia de quealguém o possa fazer melhor. Mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá.
Nem serviu Collor, nem serviu Itamar,não serviu Fernando Henrique, e nem serve Lula, nem servirá o que vier.
Qual é a alternativa?
Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror?
Aqui faz falta outra coisa.
E enquanto essa "outra coisa" não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados...
Igualmente sacaneados!
É muito gostoso ser brasileiro
Mas quando essa brasilinidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, aí a coisa muda...
Não esperemos acender uma vela a todos os Santos, a ver se nos mandam um Messias.
Nós temos que mudar! Um novo governante com os mesmosbrasileiros não poderá fazer nada..
Está muito claro...
Somos nós os que temos que mudar. Agora, depois desta mensagem, francamente decidi procurar o responsável, não para castigá-lo, senão para exigir-lhe (sim, exigir-lhe) que melhore seu comportamento e que não se faça de surdo, de desentendido.
Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO.
É O QUE EU SEMPRE DIGO.
“O GOVERNO SOMOS NÓS, OS POLÍTICOS, NEM TANTO ASSIM” (PAULO BUSKO)
REFLITA!
E eu acrescento: o que nos falta é EDUCAÇÃO!

João Ubaldo Ribeiro


terça-feira, 20 de julho de 2010

Amizade

Deixa-me ser. Deixa-me pensar. Deixa-me estar.
A vida seria um grande vácuo sem as festas de palavras no barzinho, em casa, na rua. Papos de futebol, esoterismo, sexo, trabalho, família, amor, compras, blá blá blá blá blá (...). Papo infinito.
Do mesmo corpo, o colo que aquece e a mão que puxa a orelha.
Cara! Ter amigos é uma delícia e pronto!
Não precisa de poesia para mostrar o quanto é soberbo esse sentimento. (Sim, soberbo, ele tem o direito de ser pretensioso e respirar com ar de superioridade).
Não sou lá de saber demonstrar afeição, mas amo de todo coração meus amigos. E agora ao parar e pensar em palavras bonitas para escrever sobre isso me deu um branco.
É difícil eu travar dessa forma, ficar brigando com as palavrinhas, pensar em momentos que possam me inspirar, mas não adianta o texto não flui.
Então resumindo:
O seu vizinho (a) que ia para o colégio com você todos os dias e te acompanhou pela vida
A amiga (o) do primeiro grau que sempre é a sua parceira nos trabalhos e deixou saudades
Reuniões em casa, jogo da verdade, acampamento na adolescência, simpatias
O quinteto
Primeiro porre de vinho e nove mulheres escondidas no seu quarto
Grupo de jovens, suas viagens, amizades feitas de coração, paixonites lindas de ver
Cabular aula na casinha de bonecas do colégio
Chorar pela primeira vez no colo dos amigos por um coração partido
Treinos de vôlei e dança (ou o que você se encaixar)
Tardes e tardes na sorveteria, em casa ‘mofando’, no colégio matando, primeiras saídas noturnas
Tijolinhos a vista da faculdade, ônibus, morar sozinho, boteco, baladas, praia
A força da amiga que foi morar no exterior
Companhia delícia e conversas cômicas com amiga querida da faculdade noite adentram
Os amigos lindos da faculdade
Bru´s hostel Balneário com macarrão alho e óleo e estrogonofe de camarão
Su´s hostel Balneário com cerveja à La vonté mais suas performances musicais
Raves (todo mundo tem sua fase meio estranha)
Vivenciando coisas novas: amizades, experiências (sim, tem sexo – aposto que você pensou nisso malicioso – primeiro trabalho etc. e tal) e paixões
Naughtys
Bundalêlê
Fase ferrugem
Conversas sérias e filosofias sem fim (esse tópico faz parte de todas as etapas rs)
Scar
Penélope charmosa
Volta para casa, morar sozinho de novo, mudar de trabalho, se sustentar, crescer e ter sempre a ajuda extra dos amigos que perduraram e evoluíram contigo
Bru´s hostel Floripa e seus macacos
Massacre trabalhista
Rock e sambinha
Lagoa
Sexta do brilho
Amigos lindos de Florianópolis
Amiga lição de vida e intensidade
Sempre lindos e doidos Jaguariúnos
Meninas, amoras, flores, La chicas, sempre presentes, a ‘gorda’, a ‘ranzinza’, a ‘mirradinha’, a ‘panderão’, a ‘bunda branca’, a ‘pequena’, a ‘sempre feliz’, a ‘casada’, a ‘melosa’, a ‘desbocada’, a ‘ciumenta’, a ‘experiente, a ‘chorona’, a ‘cabeluda’ e (...)
Aquele garoto, aos brotos – os amigOs, amigos protetores demais (rs), aos meninos mobianos
Teu melhor amigo ex-vizinho
Polaca presente no coração e eterna
Mãe amiga, irmão amigo
Verões em Piçarras, Penha e no Rosa
Distância, choros e silêncio
Piadas escrachadas
Brigas, broncas, lágrimas
Risadas de tirar o fôlego de domingo
Amor de família

Comecei meio impessoal, mas não tem como fugir do que sente tratando-se desse nobre sentimento.

Todas as boas lembranças – incluindo as de choro compulsivo – te fazem crescer e são acompanhadas pelos bons amigos.
Todos os momentos de sua vida, do primeiro machucado, primeiro beijo, até então.
Por isso é com esse sentimento altruísta que parabenizo meus amores-amigos.
Que seu dia, assim como todos os outros, seja iluminado.

Deixa-me a vontade esse amor sólido e seguro.
Beijos no coração,
Bru, pomposa, Brunda, Bruna Maria, tartaruga, Brunéca, Brunildes, gêmula, BB, miss Cult, timbalão, e todos os outros apelidos ‘carinhosos’ que meus amigos nomeiam. :)

ps.: não vou revisar o texto, vai assim como a inspiração mandou, desculpe se estiver confuso.

Há duas formas para viver a sua vida:
Uma é acreditar que não existe milagre.
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre.
Albert Einstein

sábado, 17 de julho de 2010

Pés gelados e cachecol de tricô


Ao som suave das gotas de chuva dançando no telhado ela imagina a vida lá fora.
O silêncio paira no ar e ela sente as risadas, o tintilar dos copos, os chamegos e os desejos de uma noite folgada.
Sente ao seu lado, sente mesmo a quilômetros de distância.
Através da janela de seu quarto seu olhar se perde a procurar estrelas em um céu nublado.
Não desiste, mesmo que as nuvens estejam degustando o crepúsculo.
O frio congela suas feições, arroxeados seus lábios, seus pés gelados.
Em meio ao instante turvo emerge um sorriso.
Mergulha em suas cobertas e abraça seu cachecol.
Surge um calor terno, que vem de um lugar que não é possível se ver, é abstrato.
Nasce uma gargalhada.
 As preocupações assustadas viram a esquina.
Por essa noite a menina não quer pensar.
Mas como é possível uma pensadora evitar seus pensamentos?
Coração distante, coração em casa, coração vai se deitar que é hora de sonhar.
Menina Maria em seu sono curinga.

sábado, 12 de junho de 2010

Estamos com fome de amor... (JORNAL O DIA! Arnaldo Jabor)


Sem tempo para atualizações.
Mas no dia dos namorados, pré-santo Antônio, deixo um texto do Arnaldo Jabor muito interessante :)
É uma delícia se apaixonar dessa forma, estabanada, sem diretrizes, doce e imperfeita. Faz bem, independente de qual possa ser o resultado... e por que pensar em resultado agora?!
Bem, um feliz enamorados para todos que possuem alguém para esquentar seus pés :)


TEXTO:

O que temos visto por ai ???
Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes.

Com suas danças e poses em closes ginecológicos, cada vez mais siliconadas, corpos esculpidos por cirurgias plasticas, como se fossem ao supermercado e pedissem o corte como se quer... mas???

Chegam sozinhas e saem sozinhas...
Empresários, advogados, engenheiros, analistas, e outros mais que estudaram, estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos...
Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos "personal dancer", incrível.

E não é só sexo não!

Se fosse, era resolvido fácil, alguém dúvida?
Sexo se encontra nos classificados, nas esquinas, em qualquer lugar, mas apenas sexo!
Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho, sem necessariamente, ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico na cama ... sexo de academia . . .

Fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão "apenas" dormir abraçadinhos,
sem se preocuparem com as posições cabalisticas...
Sabe essas coisas simples, que perdemos nessa marcha de uma evolução cega.
Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção...
Tornamo-nos máquinas, e agora estamos desesperados por não saber como voltar a "sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós...
Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada nos sites de relacionamentos "ORKUT", "PAR-PERFEITO" e tantos outros, veja o número de comunidades como: "Quero um amor pra vida toda!", "Eu sou pra casar!" até a desesperançada "Nasci pra viver sozinho!"
Unindo milhares, ou melhor, milhões de solitários, em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis, se olharmos as fotos de antigamente, pode ter certeza de que não são as mesmas pessoas, mulheres lindas se plastificando, se mutilando em nome da tal "beleza"...

Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento, e percebemos a cada dia mulheres e homens  com cara de bonecas, sem rugas, sorriso preso e cada vez  mais sozinhos..
Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário...
Pra chegar a escrever essas bobagens?? (mais que verdadeiras) é preciso ter a coragem de encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa...
Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia isso é julgado como feio, démodê, brega, familias preconceituosas...

Alô gente!!! Felicidade, amor, todas essas emoções fazem-nos parecer ridículos, abobalhados...

Mas e daí?  Seja ridículo, mas seja feliz e não seja frustrado...
"Pague mico", saia gritando e falando o que sente, demonstre amor...
Você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta mais...

Perceba aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, ou talvez a pessoa que nada tem haver com o que imaginou mas que pode ser a mulher da sua vida...
E, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso a dois...
Quem disse que ser adulto é ser ranzinza ?

Um ditado tibetano diz: "Se um problema é grande demais, não pense nele...  E, se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele?"
Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo, assistir desenho animado, rir de bobagens e ou ser um profissional de sucesso, que adora rir de si mesmo por ser estabanado...
O que realmente, não dá é para continuarmos achando que viver é out... ou in...
Que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo, que temos que querer a nossa mulher 24 horas, maquiada, e que ela tenha que ter o corpo das frutas tão em moda, na TV, e também na playboy e nos banheiros, eu duvido que nós homens queiramos uma mulher assim para viver ao nosso lado, para ser a mãe dos nossos filhos, gostamos sim de olhar, e imaginar a gostosa, mas é só isso, as mulheres inteligentes entendem e compreendem isso.

Queira do seu lado a mulher inteligente: "Vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois, ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo, tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida"...

Porque ter medo de dizer isso, porque ter medo de dizer: "amo você", "fica comigo", então não se importe com a opinião dos outros, seja feliz!

Antes ser idiota para as pessoas que infeliz para si mesmo!

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Pessoas tóxicas


Resgatando um texto do final do ano passado, válido, bem válido.

Cuidado, pessoas podem ser agentes nocivos à saúde. Assim inicia a reportagem na coluna de comportamento do Donna (18.10.2009), caderno do Diário Catarinense.

Seja uma característica genética, ou não, seja apenas porque sou jornalista e tenho fixação por tudo que possui palavras, ainda não sei como essa matéria me passou despercebida.

Fui notá-la só ontem (mais de uma semana depois da publicação)! Alguém me direcionou a esse caderno enquanto filosofava ‘o porquê de algumas pessoas tratarem tão mal os outros’, um jargão clássico já.

Dessa vez, sim, estou generalizando, porque isso acontece em todos – prestem atenção, em ‘todos’ – os lugares. E infelizmente vai sempre acontecer. As pessoas não são (muito) predispostas a serem bacanas. Sem essa de fatores que surgem devido ao mundo exterior. É educação mesmo.

O que me fez flertar a matéria de primeira foi seu título ‘Perigo: gente tóxica!’. Sim! Há sujeitos (as) que nos sugam a energia mais que viroses, contaminam de forma mais intensa que uma bactéria. E por quê?!

Alguns trechos interessantes:

Inseguros, mal-humorados, medíocres, grosseiros, arrogantes, mentirosos, entre várias outras características perigosas, estão à solta e prometem acabar com a tranqüilidade e a saúde de qualquer um que não tiver atento.

Uma pessoa só agride se a outra aceitar. À medida que você coloca limites, o agressor começa a mudar – destaca a psicóloga Sílvia Cristina Guirado.

Igualmente importante é perceber alguns sintomas dessa toxicidade em si mesmo.

Para a psicóloga Sílvia Cristina Guirado, (...) todos os tipos têm em comum a falta de limites: - São pessoas com baixa tolerância a frustração.

Não sei quem é essa Sílvia, mas já gostei dela.

É interessante reparar que indivíduos assim geralmente ficam pior quando estão errados. Atacam. E um conselho: ficam mais uma vez frustrados se não obtém resposta.  

Definitivamente o negócio é corpo fechado! (hehehe) Nada de deixar humores alterados prejudicar. Jogo de cintura é tudo no mundo de hoje, de ontem e de sempre.

Ser tolerante é necessário. Dar uma segunda chance é fato nessa vida. Uma terceira depende. Quarta? Ah, fala sério!

Todo mundo tem direito de mudar. Sim! Mas não de ‘pisar em cima de ninguém’. Isso vai contra os bons princípios.

Mal sabem eles como é bom ser feliz, ser bobo, dar risadas e saber que as pessoas ao seu lado estão contigo porque vale a pena. Boas vibrações atraem boas vibrações. Humor é afrodisíaco. E contar piada também!

Aí a lei da atração pode ser aplicada!

Então ‘bora’ ser feliz meu povo!

Obs.: É melhor ser feliz do que ter razão.
Obs.: Prefiro que fiquem com raiva de mim, a ter dos outros; Sai de mim coisas e sentimentos ruim! Xôôô!
Obs.: É briga? Não tenho naaaaaaaaaaaaaaada a ver com isso.
Obs.: Tipos citados no jornal: (divertido ler)
O orgulhoso – (...) não aceita a opinião dos outros e nem que seu ponto de vista seja questionado (já tive um pouco desse quando criança hahahaha) – não se reprima por causa deste;
O autoritário – Acredita que está acima dos outros como um ser supremo (...) não guia, repreende. Inspira temor em vez de confiança. – (Aff, existe gente assim?);
O invejoso – (...) é capaz de listar todas as conquistas do seu objeto de inveja (...) – (Isso é falta de autoestima).
O joga-culpa – (kkkkkkkk) Resumindo: As vítimas do mundo.
O queixoso – Resumindo: O reclamão chato. (...) se a chuva incomoda, o sol também trás problema (kkkkk).
Fuja também desses: Desqualificador (ui, fica se comparando, está ai uma das coisas que tenho pavor); Agressor verbal (deixa falar sozinho); Falso (fácil de identificar, mais fácil ainda ficar longe); Psicopata (Eu hein! ); Medíocre (aiai); Fofoqueiro (kkkkk); Neurótico (kkkkkk); Manipulador (Ok, ok).

OBSERVAÇÃO PESSOAL: Não me inspirei em ninguém (se levar isso de forma pessoal, talvez você tenha que rever algumas questões rs – ou vai vir com tudo, dentro do seu perfil, para cima de mim kkkkkkkkkkkkkkk) – ‘Não tenho culpa se sou engraçadinha – minha mãe sempre me dizia para levar a vida com bom humor’ : ) ;

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Uma pessoa é assim quando é fato. Não é porque ás vezes alguém fica nervosa, tem uma atitude egoística, fofoca sei lá o que, é infantil que vai virar uma pessoa tóxica. Torná-se assim só quando faz desse comportamento uma rotina de vida.

OBSERVAÇÃO MAIOR: É TÃO FÁCIL SER FELIZ, FAZ DOS OUTROS FELIZES, POR QUE NÃO TENTAR? (fica aí o desafio – que é moleza hein! Não me faça duvidar de seu QI).

Obs. Final: Sim, amo observações...E mais ainda escrever.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Extra, extra!

Ser jornalista?

‘Algo que se aprende, às duras penas, o tempo inteiro’.

Não sei por que cargas d'água resolvi fazer jornalismo. Vida inteira visando outra profissão, mas cansada de estudar por ela, olhei a ficha, vai essa ai mesmo, jornalismo. Gosto de escrever, de ler, é conveniente por enquanto.

Foi pelo resto dos anos. E mais anos.

Ás vezes me perguntava o que estava fazendo no meio daquela faculdade cheia de gente rebelde que mais falava do que fazia. De pessoas competindo (sim, não é só no profissional). De professor te bajulando por causa do seu estágio. De pessoas que se dizem tão liberais e por vezes não respeitam a opinião do outro (jornalista geralmente tem um ‘q’ teimoso). Eu não entendia o que fazia no meio de um mundo tão doido. Até que compreendi que buscava agir e mantinha a postura da forma que tanto procurava e não via.

E tive privilégio de naqueles 4 anos e meio conviver no mesmo quadradinho de tijolos a vista com muitos assim. Uma turma interessante a minha, pena que era muito tímida para aproveitar isso.

Não sei que caminhos tomaram a maioria daqueles 20 e poucos jornalistas que pegaram seu canudo no dia 15 de julho de 2006, espero que tenha sido bem aproveitado cada um daqueles profissionais.

A maioria vibrava na área. Tinha paixão por um debate ou discussões, como quiserem chamar. Tinha sede em atuar. Até mais do que eu. Eu admirava aquela energia e ás vezes menosprezava.

Muitas vezes achei que era uma furada. Demagogia política. Revolta sem fim. Mas na verdade é admirável quando um jornalista honra a sua profissão de forma verdadeira.

O problema do jornalismo é esse. O problema de todas as áreas é esse. Honrar. Fazer acontecer de verdade. Dar a alma.

Fora o salário que é triste.

Então para se manter, tem que ter base, vibrar, se virar ‘nos 30’, lábia, ‘jogada’. E é trabalho.

Ainda tento me encontrar, até porque atuo só indiretamente na área (em busca de um salário um pouco – pouquinho - mais conveniente acabei na publicidade e marketing), mas admiro o jornalismo. É charmoso, tentador, sexy, que nem um vilão cativante que no final era apenas um mocinho frustrado.
Ele tem um encantamento próprio e diferente, fato, me desculpe os demais (não estou comparando).

Ele lida com as palavras. E as palavras... são ‘palavras’... Apaixonantes e destruidoras.

A paixão sobressai.

Em toda essa minha viagem, curto texto e sem a obrigação de ser em palavras bonitas, queria parabenizar a todos os jornalistas merecedores.

A todos que passaram pela minha vida e estão.

Todos que persistiram e lutaram.

Não esqueçam sua essência. Nada de acomodação.

sexta-feira, 12 de março de 2010

O aconchego do chá

Ela me ensinou que uma xícara de chá é capaz de fazer milagres. 
E eu acredito nisso com toda a força.
E passo a frente.


Lembranças de uma tarde às cinco
Avental com babados e aroma de cidreira
Menininha serelepe a dançar em volta dela
Cantigas portuguesas, frases soltas a francesa
De margaridas eram feitos os arranjos da mesa


De mãos dadas elas corriam pelo jardim
Degustar as frutas e rolar na grama japonesa
Levava bronca a bagunceira
Pedia desculpas com uma rosa
Roubada de suas roseiras

O cheiro de leite de aveia afinco
Contos, folhas de livros e a vitrola com seus discos
Tanto a sossegava e trazia a calma, era simples
O gosto da romã e o amargo do limão mais alto
Enalteciam parte de sua nobreza


Doces rugas envoltas de rendas
O broche de borboleta
Olhos cor de mel e fragmentos de memórias
Grandiosos demais para uma urna preta
Desmedido sentimento ficou no coração de uma arteira


Em plena quinta à noite no auge da gripe, lembrei do aconchego do chá, palavras e lembranças de quando garotinha.
Só que belas palavras, pela lembrança, já namorava a literatura e poesia :)




 


quarta-feira, 10 de março de 2010

O mito da vitrola arranhada





Resgatando! Redigindo!

Estava fazendo uma limpa na minha caixa de e-mails (há uns 3 anos atrás) quando encontrei um que me chamou a atenção, tendo como anexo um artigo com o seguinte título ‘Me, Myself and I’, da Revista Vip de um tempão atrás.

Objetivando o conteúdo: certo cara escreveu dizendo que já sofreu por amor e hoje descobriu o quando é mais feliz sendo sozinho. Insinuava que as pessoas não sabem a intensa felicidade que é a solidão.

Trecho: ‘Só os escassos de imaginação e os pobres de espírito perdem tempo à procura de uma felicidade estável, permanente. Eu procuro sofrer menos [...]’.

Na primeira vez que li o texto por cima estava com raiva pelo contexto que vivenciava na época. Há três anos atrás li novamente e consegui ver como eu e grande parte dos seres humanos éramos todos cômodos e a mídia fria. Dessa vez eu não li, deletei, tenho apenas minhas impressões, mas com certeza é o melhor momento para eu comentá-lo. (O tempo faz isso).

Eu sei que sentimentos é a fonte da vida. Que relacionamentos realmente pesam. Já não é fácil lidar com mãe, irmão, irmã, pai, colega de trabalho, vizinho. Quem dirá um homem e uma mulher no ápice ou derradeiro de sua paixão?!

Ser nômade por entre corpos, beijos e momentos. Flutuar com a solidão. Abraçar apenas o travesseiro. Dividir 4 paredes de um quarto com um pijama de algodão. Utilizar só uma taça de vinho. Apoiar a cabeça no sofá.

Poético? Fazer isso por uma vida inteira me soa patético.

Isolar-se de uma das melhores coisas que podemos sentir é patético para mim.

Se não deu certo, não era para ser. Frase clichê com fundo lógico. Todo mundo se apaixona um dia. Sofre por isso. Chora, mesmo que escondido. Fica com raiva do mundo. E passa. O tempo faz passar tudo aquilo que sempre achamos tão inesquecível. Faz sim. Se não, é amor. Ai é outra história. (não estou falando de obsessão, aquela que não nos esforçamos para passar).

A questão é que seja na vida amorosa, na familiar, na profissional, os obstáculos surgem sim. E não somente para os desafortunados. Ou pensamos que o mocinho e a mocinha bonitinhos da televisão, a rainha tal, o esportista celebridade etc. e tal, já não passaram por situações assim? Todo mundo sofre de amor, todo mundo tem dor de barriga, todo mundo acorda descabelado e com bafo, assim como todo mundo fica irritado ou passa por situações desagradáveis.

Sei que o dinheiro pode ajudar, sim, concordo. Mas não irá adiantar muito se for uma pessoa sem motivação interior que administrá-lo. Sem paixão. Tudo pode parecer utópico ou não, mas a verdade é que as coisas não precisam ser perfeitas.

Ser ‘vazio’ por medo de confrontar a vida? Isso não me parece nada interessante.

Precisamos nos apaixonar. Somos os únicos que temos esse poder no meio de tantos seres vivos.

Perdoe-me o cara que escreveu a frase ai de cima, mas tenho certeza de que não existe um ser humano que desejaria ser sozinho de verdade. Tão absurdo utilizar palavras como ‘escassos de imaginação e pobres de espírito’. Tão sem nexo. Procuram felicidade estável? Felicidade não é uma linha constante. Mas como ele vai saber? Vive na escassez dela se a evita.

Com certeza não é sofrendo menos que conseguimos algum mérito. É vivendo mais.

Ninguém nasceu para ser perfeito, ‘superman’ ou ‘superwoman’, nascemos para viver, e viver da melhor forma possível! Viver e tirar o melhor de tudo, do amor, do trabalho, da família, da rotina. E ás vezes nada disso é tão fácil. Se fosse, não faria o menor sentido.

Ficar lamentando e remoendo coisas ruins sempre e sempre, numa mesma ladainha, parecendo novela mexicana, uma vitrola riscada, cansa. Olhar negativo, palavras negativas, atrai negativismo... Não culpe ninguém por isso.

Como um sentimento que inspirou textos de escritores deliciosos de degustar, tantas músicas transcendentais, arte e filmes que aumentam os batimentos cardíacos, poderia não prestar?

Já dizia o queridíssimo Carlos Drummond de Andrade: ‘O amor é privilégio de maduros...

... estendidos na mais estreita cama,
que se torna a mais larga e mais relvosa,
roçando, em cada poro, o céu do corpo.

É isto, amor: o ganho não previsto,
o prêmio subterrâneo e coruscante,
leitura de relâmpago cifrado,
que, decifrado, nada mais existe
valendo a pena e o preço terrestre,
salvo o minuto de ouro no relógio
minúsculo, vibrando no crepúsculo.
Amor é o que se aprende no limite,
depois de se arquivar toda a ciência
herdada, ouvida. Amor começa tarde.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Mundo Bipolar


 Para a premiére no palco central os dois pólos contrários do mundo.

Sugestivo, instigante e também pecaminoso.

Redundante.

Sublime.

‘ô abre alas que eu quero passar’. Carnaval trás foliões embaixo de chuva seguindo marchinha. Tristeza não põe mesa em ‘feriado’ nacional. Quarta de cinzas e serpentinas na passarela.

Estréia no cinema o filme 2012. Desastres ambientais parecem vir à tona. Um furo de milhares anos faz a fugacidade da mídia. Pessoas criam um ‘quase’ significativo alerta graças a ‘excepcional’ cobertura dos veículos de comunicação. Crise ambiental de séculos agora é ‘furduncio’ mundial.

Jovem, para estar na moda você precisa ser rebelde! Ter opinião, ir contra as calúnias e hipocrisias do dia a dia. Tá ligado! Quem se importa se você pratica o que fala. é legal defender a natureza, criticar a TV de Big Brother a Faustão, ser cool, práticas ilícitas,  se impor em suas ‘nobres’ causas que talvez não saiam da teoria, etc e tal. É lindo de ver a energia de uma geração, só fica no ar a verdadeira causa.

Inovação, tecnologia, viver online. As possibilidades de informação, as redes sociais, o e-commerce, um novo estilo de vida. Estreitando o espaço físico. Super funcional! Qual a intensidade do contato nesse caso? Mas, como viver sem o Google?!

São dez bilhões, quatrocentos milhões, setecentos e trinta e oito mil tópicos desse estilo para questionar.

E qual o valor da questão?

Lidar com isso é fato mais fácil do que com as próprias contradições. Com os próprios sentimentos. Há um mundo lá fora de dois pólos. Causa? Foco: Ser humano.

O homem não sabe lidar com o que possui no coração. Se preferir, mudo para a palavra alma, pensamento, opinião. Quando admite possuir algo. Luta contra o que quer. Com o que o outro quer. Com o que deseja. Com a consciência.  Essa é a válvula de seus atos. Por isso geralmente a energia se desgasta.

Seja nos setores ambientais, econômicos, culturais, pessoais, ah, seja lá o que for! O combustível está aqui dentro! (apontando para a cabeça). O resto se faz reflexo.

Fica de saco cheio por se sentir vazio. Mas de que forma se preenche?

Não acredita em Deus. Mas na hora do desespero reza.

Diz ter personalidade e opinião. Cabeça boa. Então não deveria respeitar a personalidade e opinião do outro? Mania de verdade absoluta. Mas na hora da insegurança, conta o que o outro pensa.

Critica isso e aquilo, mas até que ponto vivencia a situação para poder dar um fervoroso parecer?

Detona a política, mas faz apologia.

Contradição!

O destino prega peças, sim! Faz você se desvirtuar daquele caminho tão planejado. Daquela profissão tão desejada. Sentir falta daquilo que sempre criticou. Saborear uma sensação e romper com ela sabendo que aquilo é tão certo. Perder algo de ser inimaginável de não ter.  Sobreviver ao que não se achava possível e questionar o porquê. Sofrer desilusão? Não encarar o amor. Mas afinal, quem faz o destino?

Eu e você.
Nós fazemos nossos destinos.

Sem ladainha.
Por mais utópico que pareça, o ser humano é responsável. Responsável pelo reflexo de sua alma em todos os aspectos de sua vida.

Se não está feliz. Vai à luta. Está lutando? Não poderia lutar mais?
Sem teorias. Coloca a mão na massa. Mesmo que seja uma coisa apenas sua. Ninguém precisa provar algo aos outros, precisa a si mesmo.

As boas conquistas requerem força.

Os bons resultados, paciência.

Sem covardia. Assuma o que sente. Viva aquilo que sente. Se for verdadeiro tudo pode acontecer. Não existem limites quando o sentimento é real.

Agora se não for. Se não sentir. Pouco lhe importa o que está acontecendo mundo a fora. Pouco lhe importa o que o vizinho pensa, o que fulano sente, o que aquele cara faz. Se há terremotos e crises. Se o amor existe e Deus também. Então fica no seu sofá bem quietinho e “”feliz””.

Meu corpo é quente e não vou vivenciar o frio.

Esse é o meu pensamento.